Uma menina, uma mulher

sexta-feira, agosto 14, 2009

Out of the box

Sou aficionada por caixas. Quadradas, de madeira, redondas, de metal, tanto faz. Em casa, há caixas de colares, remédios, bolsas, camisinhas, fotos e por aí vai. Até Paris coloquei dentro de uma caixa! Duvida? Então clica aqui. Durante um período de férias da faculdade, até confeccionei algumas. Corta, dobra, cola, espera secar, encapa... Maior esquema artesanal.

Mas no fundo, o que me intriga é o conteúdo da caixa. Quem não tem vontade de saber o que há dentro quando vê alguma caixa ali, colorida, fechada e sozinha? Pois, da próxima vez que visitar uma loja de decoração, observe os seres do sexo feminino. Ao encontrar uma caixa, elas (nós!) sempre abrem-na. Mesmo sabendo que não encontrarão absolutamente nada ali dentro. Verdade ou não é?

Trocando em miúdos, pra mim, caixa é sinônimo de surpresa. Talvez por isso eu goste tanto de realmente fazer presentes e entregá-los em caixas. Elas escondem a verdadeira essência do agrado, provocam a imaginação do presenteado. Verdade ou não é? ; )

E pensando bem, começo a achar que, dentro de mim, também guardo sentimentos e pessoas em diferentes “caixinhas”. Algumas nem tampa tem, porque estão sempre por aí. Outras passam muito tempo paradas, no mesmo lugar, sem se preocupar em mostrar que ainda estão ali porque sabem que, ainda que eu não as abra com freqüência, sei exatamente o que existe nelas.

Mas e aquelas que não se deixam tapar? Às que quando encontro o lugar ideal pra guardá-la, porque já não há mais o que fazer, tomam vida de novo e começam a se remexer como a dizer “Hey! O fundo do armário, não! Olha só quanta coisa que você gosta tem aqui dentro!”, o que dizer? “Aquieta-te, caixinha. Aberta ou fechada, esse lugar já é teu.”? Ou deveria eu apenas dar-lhe um laço?

A resposta deve estar fora da caixa.

PS: Lorez, happy birthday! Perdão por não ter tido tempo pra fazer seu presente de aniversário. Pra me redimir, logo você vai receber aí em Goiânia meu gift – numa caixa, claro! ;)

Um comentário:

Anônimo disse...

Conheço a mão que abre essa caixa de Paris rsssssssss

beijos Elaine