Uma menina, uma mulher

sexta-feira, abril 27, 2007

Porque eu sou brasileira e não desisto nunca

Patriotismo é uma coisa engraçada. Ano passado, a esperança e a expectativa de ver o Brasil hexacampeão na Copa da Alemanha me fizeram torrar uma nota numa camisa oficial da Seleção. Fiquei bem puta quando perdemos pra França nas quartas de final e enterrei a vestimenta na última gaveta do armário.

É claro que na hora de fazer a mala pra vir pra Londres, ela tinha lugar garantido. Afinal, além do orgulho de ser brazuca, nenhum outro país é pentacampeão – o que nem foi tão ruim já que a camisa continua atual.

E não é que talvez eu tenha chance de vestir minha amarelinha pra assistir à nossa seleção aqui?! O jogo está marcado pro dia 1° de junho, sexta-feira, 20h – 16h aí pra você.

Bom, só ficar ligado pra ver quando os ingressos começam a ser vendidos e enfrentar pra fila, né?! Não aqui na terra da rainha, meu jovem. A Confederação Inglesa de Futebol (Football Association), organizadora do evento, vai sortear o direito de compra dos ingressos entre os inscritos no site. É mole ou quer mais? Tudo porque este será o primeiro jogo da Seleção Inglesa no “novo” estádio de Wembley, em reforma desde o ano 2000.

Sendo essa a alternativa pra pagar de tiete da seleção canarinho, corri pro mundo virtual e fiz minha inscrição e a de 3 amigos. Agora é só esperar alguns dias pra saber se teremos a oportunidade de pagar a bagatela de £30 a £60 – R$ 120 a R$ 240 - pra ver o jogo.

Torce aí pra gente poder torcer aqui, vai! ; )

PS: Aproveitando o tema, sua camisa do Chelsea tá a caminho de Atacity, Nan. Fera!

terça-feira, abril 24, 2007

O tempo passa, o tempo voa

Outro dia lá no trabalho, encasquetei com um sujeito (um dos supervisores, olha a audácia!) que estava sempre de cara amarrada. Ah, sai pra lá, mau humor! Perguntei na lata:

- Você não sorri nunca?

É claro que o cara ficou desconcertado e o sorriso apareceu, e junto veio a réplica:

- E eu nunca te vi sem um sorriso no rosto.

Daí expliquei pra ele que não dava pra ser diferente, eu só tinha motivos pra rir - uma vida nova, lotada de novidades, descobertas e saudade, tudo junto ao mesmo tempo.

Caramba! O primeiro mês longe do Brasil já foi, nem parece que faz tanto tempo. Só pra você, já se passaram anos, né mamy?!

Esse foi com certeza o melhor período da minha vida, o mais intenso e feliz. Realizar planos é bom pra C@#@%$*! Ver (e viver!) meu sonho acontecendo então, como diria meu eterno chefe Luiz Alberto Marinho, SENSACIONAL!

De novo, valeu pelo apoio, galera! Se hoje eu tô aqui, felizona, a “culpa” também é de vocês. Saudades!

PS: Agora o tal supervisor sorri com mais freqüência. Esse negócio é contagioso! : )






















Pra comemorar o primeiro mês, mais clichê impossível!

domingo, abril 22, 2007

E no sétimo dia, o descanso

Você comprou passagem pra Brighton com antecedência??? Nem eu. Conclusão: Nada de praia no final de semana. O que nem foi tão ruim já que o sol não apareceu e eu, depois de fechar o restaurante 3 noites seguidas e chegar em casa as 2 da manhã quando cedo, precisava de umas horas a mais de sono.

Rá! Como se fosse possível. Nove da manhã e o aparelhinho chamado celular, que é praticamente a extensão do braço, começa a dar sinal de vida - não, não perdi o hábito de dormir com o bichinho na cabeceira da cama. Galera querendo combinar outro programa já que a viagem pro litoral não ia mais rolar.

Lá fomos nós – Lorenzo, eu e minha gripe - conferir a imensidão da Saint Paul’s Cathedral, antes de ir pro Regent’s Park encontrar os outros nativos tupiniquins. Domingo no parque... Olha que coisa meiga, quase tão bucólica quanto meu sotaque araçatubense.

ATCHIN!

Xi... Melhor tomar remédio e dormir que amanhã começa tudo outra vez... E me recuso a comemorar um mês em Londres gripada! ; )












































Uma pequena brincando de gigante... : )

sexta-feira, abril 20, 2007

O mundo é mesmo uma ervilha

Depois da última semana ralando MUITO, tive um dia de folga.

Domingão ensolarado, perfeito pra reunir brasileiros e fazer churrasco. (Há 3 semanas sem comer carne - sim, porque hamburguer não conta - você pode imaginar minha alegria neste dia!). Encontro a Fabi no metrô e vamos até a estação de Willesden Green, onde a Ju e a Camila nos esperavam. No caminho pra casa delas, a Camila, recém-chegada na república de brazucas, comenta:

- Hoje de manhã, quando acordei, encontrei um menino na cozinha com um rosto que não era estranho. Daí, falei bom dia, perguntei se tava tudo certo e fiquei pensando “De onde eu conheço esse cara?”. Um tempo depois, nós dois nos tocamos que fizemos faculdade junto, na PUC em Campinas! Você acredita nisso?

Tudo bem que brasileiro tem em todo canto por aqui, mas daí a encontrar alguém que estudou com você bem longe dali na mesa do café da manhã, pera lá, né?!

Mais uns 5 minutos de caminhada e chegamos na casa delas. Cumprimentando a galera da república, vejo um guri sentado perto da porta, falo oi e a cena da Camila se repete, desta vez comigo:

- Hey! De onde eu te conheço? Não é da escola...

- É... Também lembro de você...

- CARACA! Você é o cara do aeroporto!

- Putz! Você é a Cris! Não acredito!

Não é que o tal coleguinha de classe da Camila é o mesmo brasileiro que conheci em Amsterdam, esperando o vôo pra Londres?! Na verdade, o André estava a caminho de Brighton, e na correria pra passar pela imigração só tive tempo de dizer meu email, nem deu pra anotar o dele.

Agora me fala se o mundo não é muito pequeno! Conheço o cara em Amsterdam, fico amiga da Camila, ela vai morar numa república onde uma das meninas namora alguém que é amigo do André, que fez faculdade com ela em Campinas e que eu conheci a espera de um vôo. Uma ervilha esse planeta! Uma ervilha povoada por brasileiros. = )

Já que coincidências desse tipo acontecem, domingo é a folga da galera e ninguém conhece Brighton, adivinha quem vai ter visita no final de semana?!

PS: Sol, você está intimado a comparecer! Praia sem você não dá!

terça-feira, abril 17, 2007

O feitiço virou contra a feiticeira

Depois de 16 dias aqui na terra do chá das 5, comecei a trabalhar. Sim, acabou aquele esquema supimpa escola – passeio - festa.

De acordo com os planos que tinha quando saí de São Paulo, só começaria a trabalhar em maio mas, já que acharam que levo jeito pra coisa e quero grana pra viajar pelo velho mundo, mão na massa. Aliás, na massa não porque o restaurante é português, não italiano.

Depois de uma semana inteira de aprendizado, instruções sobre os perigos por trás de uma máquina de sorvete (!), degustação de vinho, treinamentos e treinamentos, festa pra enturmar a galera e prova, me tornei uma Nandoca – integrante da equipe do Nando’s.

A comida lá é sensacional e frango reina no cardápio. É aquele esquema em que você decide quão apimentado quer seu prato, sabe?! Quem mora em São Paulo talvez já tenha visitado o Hooters, que é assim também – mas com um detalhe bem diferente: as meninas de lá usam patins, microshort e decotões. Os patins eu toparia fácil! ; )

Graças ao bom Deus e ao bom senso do gerente, fico no caixa do restaurante e não na “coordenação” – onde o prato é realmente montado. Se o pedido é Ceasar Salad com frango extra hot, a preocupação de quem tá nessa área é só fazer a mistura de uma pacote de folhas verdes, 2 colheres de parmesão ralado e 3 de molho e 8 croutons (pode contar!). O frango fica por conta dos grillers, os guris que enfrentam uma chapa morna, coisa pouca, uns 70ºC mais ou menos... Agora se o pedido é Frango Hot com arroz, batata frita, maionese, salada ou qualquer outro acompanhamento, corre, filhote! Corre que é contigo.

Mas meu negócio é lá na frente, onde o cliente chega pra fazer o pedido e me encontra sorrindo, sempre. ; ) Ouço e insiro no sistema. Enquanto o cara decide se quer milho ou pão pra acompanhar o frango, já passo a mão na geladeira, pego as bebidas e aperto um simples botãozinho pra ter um expresso. Mundo moderno é outra coisa. Depois de tudo escolhido, checo o pedido, entrego as bebidas, os petiscos, o ticket e próximo, por favor!

Fácil, né?! Até você perceber que vendeu a última unidade de sorvete de baunilha, por exemplo. Daí sai do caixa, passa pelo mármore do inferno dos grillers, desce as escadas, atravessa a cozinha no meio dos meninos que ficam lavando a louça e entra num freezer a -18ºC. Que tal?

Ah! Mas bom mesmo é fechar o restaurante. Não basta dar tchau pros clientes, trancar a porta e ir embora pra casa. Tem que repor estoque da geladeira (tá tudo lá no andar de baixo, lembra?), limpar a máquina de café, polir os talheres, encher as gavetas de copos limpos, limpar o balcão e aí dar uma mãozinha pras outras meninas que precisam varrer, passar o mop (ô troço nojento!), limpar os vidros e os banheiros. Sim, porque ir embora só depois que todas terminam. A equipe masculina sempre fica pra trás, não tem jeito.

Depois de toda dessa correria danada, claro, vem o cansaço, vontade de deitar e dormir ou de ir pra balada gastar o restinho de energia. E sabe o que mais vem junto com tudo isso? Orgulho de fazer parte disso. Estranho, né?! Depois de 2 anos e meio na BrandWorks desenvolvendo programas de relacionamento interno e vendo como tudo funciona nos bastidores, me dei conta de que sou “vítima” do endomarketing. É claro que em alguns (muitos) momentos penso “O que tô fazendo aqui ajoelhada contando garrafas de vinho com as quais eu nem vou me divertir? Podia estar no Brasil comendo feijão e bebendo guaraná!”. Só que eu gosto disso! É uma relação masoquista, mas com certeza cheia de orgulho, paixão, integridade, família e coragem – todos os valores de quem é Nandoca.

Welcome to Nando’s! ; )

PS: Enquanto ainda não há uma franquia da rede no Brasil (ou você acha que eu ainda não pensei nisso?), você pode me visitar no Nando’s da Gloucester Road aqui em Londres, ok?

segunda-feira, abril 16, 2007

Continuo aqui!

Recebi um monte de comentários bacanas sobre o blog e como eu retribuí? Com um sumiço repentino. Tá errado, muito errado!

Perdão, perdão, perdão!

Pra tentar amenizar a barra pro meu lado e justificar a ausência, algumas boas (e outras ótimas!) razões:

- Primeira semana de trabalho - preciso de um post especial pra abordar tema tão delicado. Muito em breve, juro!

- Últimos dias da galera espanhola aqui - o que significa muita festa.

- Pra diminuir a saudade de casa, novos amigos brasileiros - aliás, isso é o que mais tem aqui. Depois de Starbucks, claro!

- Gripe.

- Ainda não consegui entender como funcionam os ônibus noturnos. Logo, me perdi outras duas vezes essa semana.


- E, por último, isso é Londres. Muita coisa pra viver!


Pra provar que eu continuo por aqui. E cercada de brasileiros. : )


PS: Galera, muito obrigada pelos emails, scraps, comentários e tudo mais sobre o blog. Saber que se divertem com as minhas trapalhadas só me dá mais vontade de escrever pra dividir minha vida com vocês. Muito bacana mesmo! Valeu! ; ) Beijocas from London ELA

segunda-feira, abril 09, 2007

Tarda, mas não falha

No primeiro dia de aula, depois de horas ouvindo sobre a escola, os programas, os testes, etc - tudo com o mais perfeito sotaque britânico, óbvio - o Tico e Teco estavam quase pedindo arrego.

Eis que alguém entra na sala e diz: “Olá! Eu trouxe as verdadeiras boas notícias! Quem quer festa?”. Opa! Agora tá melhorando! Mas peraí! Eu entendo cada sílaba que essa moça diz. Será efeito do assunto, que é mais interessante? Não, não... Mais 5 segundos e deu pra sacar que a April viera da terra do Tio Sam. Ela é coordenadora das atividades extracurriculares na Aspect. Apertando a tecla SAP: é responsável por organizar as baladas, viagens e tudo mais pra galera se conhecer, descobrir Londres e se divertir.

Graças a ela, toda terça-feira rola uma festa especial num pub chamado “Zoo Bar”. Além disso, balada exclusiva pra estudante é sinônimo de bebida pela metade do preço. Olha que beleza!

Descendo as escadas já dava pra perceber que, se dependesse da música, a festa seria ótima. Tá ficando cada vez melhor, tá percebendo?

Pois é... Tava bom demais pra ser verdade. Quando chego ao último degrau me deparo com duas garotas dançando em cima do balcão do bar! Senhor, onde eu vim parar?! Será que tem alguma relação com o nome do lugar???

Achei melhor parar de apelar pro Santíssimo e virar as costas pra visão que todos os caras da festa procuravam. Detalhe resolvido, daí pra frente só alegria e pint... E mais uma... Outra... Hey! Meia-noite! O metrô vai fechar, corre!

Saímos eu e Lorenzo, brazuca de Vitória-ES, desenfreados pra não perder o último trem. Chegamos em Lancester Square e adivinha?! Tarde demais...

- Ah, legal. E agora? - Tudo que eu conseguia fazer era gargalhar e pensar "Até que demorou pra me perder!"

- Vamos mais pra frente... Acho que a próxima estação fecha mais tarde. (Brasileiro é cheio de achar coisa, né?!)

- Bóra. Ah... Vou perguntar pra aquele cara parado ali.

- Boa.

- Oi. Você pode me ajudar? Preciso ir pra Queensway e ele pra Winchimore Hill. Só que a gente não faz idéia de qual ônibus pegar...

- Você é brasileira, né?! (Tá escrito na minha testa?)

- Sou. Você também?

- Não. Vim de Portugal. A gente pode falar em português...

- Ufa! Que bom!

Ha! E eu lá era capaz de entender o sotaque lusitano da criatura? Só conseguia rir da situação. Ainda bem, né?! Se estivesse totalmente sóbria, provavelmente estaria chorando. : )

- Ok. Vamos conversar em inglês que é mais fácil...

- Então, logo ali passa um que vai pra...

- TCHAU! Vou tentar chegar em casa com aquele – E lá se foi meu amigo capixaba correndo atrás de um ônibus qualquer.

Ah, que ótimo. Perdida e, agora, sozinha. Sensacional!

E eu ria. Muito!

- Mas continua... Tem ônibus aqui pra Queensway?

- Mais pra frente tem o 10, que passa em Bayswater Road, é bem perto. Tô saindo agora do trabalho, te mostro onde é a parada.

- Sério? Valeu mesmo!

E lá fui eu com o portuga. Prova de que existe gente boa na terra, o cara não só me levou até o ponto como também ficou esperando o ônibus chegar.

Esperando pelo 10 e...

- Pega esse!

- Mas não era o 10?

- Esse também serve. Pode pegar.

- Tá! E desço onde?

- Bom... Você sabe onde mora, né?!

- É isso que eu vou descobrir agora! Brigadão!

Olhando a cidade passar pela janela e imaginando: onde será que eu tô? Será que já tá perto de casa? Mas onde é minha casa? O parque... É por aqui... A estação, a droga do metrô fechado! É aqui!

Garota de sorte, meu anjo da guarda estava de plantão. :)

Ah! E o do Lorenzo também!












Lorenzo e eu antes de sabermos o que estava por vir...











Para que você entenda perfeitamente o que digo...

sábado, abril 07, 2007

Por aqui, por ali...

Definitivamente, sou um ser noturno. Bondoso que é, o destino me colocou nas aulas vespertinas. Do meio-dia às 17h15 me dedico aos estudos. Fora isso, sou livre pra fazer o que quiser em Londres. Sim, eu também morreria de inveja de mim. : )

Como, além de estudante, sou curiosa, aproveitei todo esse tempo de sobra (e a companhia divertida dos espanhóis e dos brazucas, claro) pra conhecer alguns pontos famosos da cidade. Turista mesmo, com direito àquelas fotos tradicionais e tudo mais. Pronto para um tour virtual bem rapidinho? Então, bóra!

PortoBello Market – Se você assistiu “Um lugar chamado Notting Hill”, é muito provável que logo no caminho para PortoBello você tente identificar qual era a casa de Hugh Grant no filme, porque é nessa região que a aglomeração começa. Mas se, como eu, você não viu o filme, não se preocupe. Dizem por lá que ninguém é capaz de reconhecer a tal morada, pois a fachada foi pintada.

A verdade é que esse lugar é uma mistura de barracas de antiguidades, souvenir, artesanato e estranhezas gastronômicas com pontos comerciais dos mais diferentes gêneros - da típica loja “indiana” com narguiles, incensos e artigos alternativos expostos na vitrine até estúdio de tatuagem e piercing (só £5 pra fazer um no nariz. Tá a fim?!).

Como o lado marqueteiro não me abandona, notei que falta uma coisa muito especial pra poder chamar tudo isso de feira – uma barraca de pastel! Claro! Se nada der certo aqui, vou vender essa maravilha em PortoBello Market. O povo aqui come tudo que está a venda mesmo. Sucesso garantido!





















Será?! : )


Kensington Garden, Greenwich & Regent's Park – Uma das melhores coisas daqui é ir pro parque. Muito espaço bem cuidado e lindo pra passear, fazer pic-nic (essa palavra não tem gosto de infância?), correr (não que tenha feito isso, ainda sobra preguiça e falta coragem) ou então fazer nada mesmo, algo que estou aprimorando bastante por aqui, como você pode ver.








































Buckingham Palace – Domingo passado fomos até a residência oficial da família real pra ver de perto a tal troca da guarda. O que acontece de tão espacial? Não sei. Depois de esperar quase 1 hora, adivinha?! “No change today”. Tudo bem... Fica pra próxima. Tenho até novembro mesmo! ; )

quarta-feira, abril 04, 2007

GOAAAAAAAAAAAAAAAAAL!

Minha vida em Londres tem só 10 dias, tempo suficiente pra perceber que a relação “homem & futebol” é a mesma em qualquer canto do mundo.

Precavida, antes de vir pra cá, pedi ajuda ao meu primo João Guilherme pra decidir a qual time inglês devotaria meu amor enquanto morasse aqui.

- Ô, Jão... Pra quem eu vou torcer lá na Inglaterra?

- Tem vários... Os mais populares são Liverpool, Manchester, Arsenal e Chelsea.

Já que eu não via diferença entre eles, e mal sei o que é impedimento, “carrinho” e afins, optei por continuar a pesquisa em busca de um argumento mais decisivo, femininamente falando:

- Hum... Tá... Mas tem algum jogador bonito nesses times?

- Ah, Cris! Pelo amor de Deus, né?! Não é assim que se escolhe um time pra ser torcedor! Mas no Manchester tem o Cristiano Ronaldo e no Arse...

- Pronto! Tem Ronaldo no nome e é charmoso. Vai dar certo!

Filha de palmeirense roxo, enquanto morei na terra da garoa, fui a algumas partidas do Corinthians com o Teddy, meu amigo querido. Não que eu seja torcedora do Timão, mas é empolgante estar na arquibancada do Pacaembu, ouvir a multidão gritando em coro e comemorar um gol. Dizia o são-paulino fanático Marcel, também conhecido como Pé, que essa seria minha impressão até o dia em que ele me levasse a um jogo do Tricolor no Morumbi e sentisse o estádio literalmente tremer. Tô esperando até hoje...

Voltemos a Londres... Ontem, aproximadamente às 17h10, faltando 5 minutos pro fim das aulas, ouço o Rui, um dos meus professores na Aspect:

- Pessoal, vocês têm mais 2 minutos pra terminar este exercício, nem um segundo a mais. Sabem como é, né?! É dia de Champions League e um pub nos espera!

Beleza! Adorei a idéia do pub, mas... Champions League? Que droga é essa? - pensei.

Mais tarde (mas nem tão tarde assim, porque aqui o jogo não precisa esperar o final do capítulo da novela pra começar), já com uma pint* na mão, descobri que a tal Liga dos Campeões é mais ou menos como a Libertadores da América aí pra gente. Ou seja, todo mundo na frente da TV.

Aliás, tô indo pro pub que hoje tem Manchester X Roma!

Em tempo, sabe quem é o atual artilheiro do campeonato??? Ricardo Izecson Santos Leite, o Kaká. Brasileiro. E lindo! = )

* Pint é a medida inglesa pra vender cerveja, aproximadamente 500 ml.

segunda-feira, abril 02, 2007

Tem gosto de quê?

Família é uma coisa que definitivamente a gente não escolhe. Nem mesmo quando se muda para outro país e decide viver com uma “host family”. No máximo, você dá uma peneirada.

Pra vir pra cá, eu pedi uma família que não fumasse, sem criança e sem cachorro. Pode parecer chatice, mas eu não gostaria nem um pouco de encontrar um poodle fedendo a cigarro em cima da cama ou um pirralho birrento chorando quando chegasse da escola ou qualquer coisa do tipo. Antes que seja tarde: Eu adoro labrador e vou ter um. Também pretendo ter filhos. Gêmeos, como minha mãe e seu irmão. Só não sei quando, nem onde, nem com quem. Se bem que até acertar todos os outros detalhes, talvez eu nem precise de alguém! Hehehehehe! Ah, a independência feminina me empolga! ; )

Voltando ao assunto, recebi a confirmação da minha família inglesa e na carta dizia que Alex, meu “pai”, era dono de um restaurante e Inara, minha “mãe”, contadora. Logo de cara meu pensamento foi: Opa! Fome eu não vou passar. Realmente, isso não acontece. O problema é que existe uma sutil diferença entre passar fome e gostar da comida, compreende?!

A Inara se esforça, faz pratos bonitos e coloridos (cenoura é presença garantida, seja frango, lasanha ou pizza, ela está lá!), mas o sabor... definitivamente alguém roubou! Ainda assim a galera aqui adora, raspa o prato. Não é a toa que gosto cada um tem o seu...

Mas, como tudo tem solução, descobri um restaurante brasileiro em Oxford Street, pertinho da escola. Nunca fui tão feliz comendo coxinha e tomando guaraná.

















A propósito, essa é minha casa aqui. Quem quiser me fazer mais feliz (pode mandar feijão, carta ou paçoca), é só avisar que eu dou o endereço! : )

domingo, abril 01, 2007

London Tour

8 dias em Londres e sinto como se houvesse passado muito mais tempo. A vida é tão intensa, tão maluca, cheia de coisas novas e divertidas!

Claro que sinto maior saudadona daí (do calor, da comida - feijão com arroz, pelo amor de J Cristo! - de cheiros, lugares e rostos conhecidos) mas tô aproveitando muito isso aqui.

Lembra aquela história de "Tudo tem o lado positivo e o negativo"? É bem por aí... E quer saber? Tô feliz, feliz, feliz! É só olhar as fotos e ver meus olhinhos de criança brilhando! ; )